Quando um paciente é diagnosticado com câncer, é sempre necessário redobrar cuidados e atenção com a saúde mental, visto que a rotina do tratamento e a doença em si podem agravar ou desencadear transtornos psicológicos como a ansiedade e a depressão. No caso de pacientes do sexo feminino diagnosticadas com câncer de mama, o cuidado deve ser ainda maior, visto que a possibilidade de retirada das mamas pode trazer danos à autoestima e estigmatizar a paciente.

Segundo dados recentes da Associação Brasileira de Psiquiatria, cerca de 25% dessas pacientes desenvolvem ou apresentam piora em um quadro depressivo quando diagnosticadas com a doença. Por isso, é necessário ficar atento aos sinais e buscar formas de amenizar o estresse causado pelo momento. Mas como ajudar?

Independente do prognóstico da doença, é importante estimular a prática de atividade física que, com orientação médica, pode ajudar no tratamento e também na sensação de bem estar através da produção de endorfina. Em casos mais graves, quando esportes não podem ser praticados, ajudar a paciente a se locomover com frequência e realizar movimentos com os membros são pequenos atos que podem ajudar a não deixar o corpo parado – e, portanto, tornar um momento mais difícil mais próximo da “normalidade” da rotina da paciente.

Ajude a levantar a autoestima. Ainda que a pessoa em tratamento oncológico não tenha passado pelo processo de retirada das mamas ou de perda de cabelo, a rotina ocasionada durante o processo é desgastante e pode causar alterações de peso ou impossibilitar cuidados estéticos. Trabalhar a autoestima da paciente, através de conversa ou pequenos mimos, como acessórios ou itens de maquiagem e beleza, podem ajudar nessa questão.

Outro ponto importante para a mulher que está em tratamento de câncer, especialmente quando esta tem obrigações familiares e/ou profissionais, é a sua ausência em seus círculos afetivos e sociais. Lembrá-la da sua importância para a comunidade, para o trabalho e para a família constantemente é um passo importante para que ela se reconheça como indivíduo, e não apenas como paciente.

Por fim, ainda que o tratamento seja exaustivo para todos que amam o paciente oncológico, demonstre apoio em todas as fases do processo. A presença física, além do auxílio emocional por meio de mensagens positivas e afeto, podem fazer a diferença tanto em tratamentos medicamentosos quanto na prevenção de transtornos psicológicos – facilitando, assim, o processo de cura ou de remissão de tumores.

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